Move Cultura

OFICINA DÊ UM ROLÉ, EM CONTAGEM!

No último dia  16 de março, em Contagem, aconteceu a Oficina Dê um Rolé: Pensando a Mobilidade de Contagem, fruto da parceria entre Move Cultura e Movimento Nossa BH.

Com oito horas de duração, a Oficina contou com a presença de 33 pessoas, em sua maioria mulheres, de Belo Horizonte, Contagem e Sabará, sendo os presentes integrantes e representantes da Prefeitura de Contagem, de organizações e movimentos sociais e também da Universidade.

A oficina teve por objetivo gerar conhecimento e experiência no âmbito do planejamento, implantação e monitoramento de políticas que promovam a mobilidade ativa (ou seja, aquela focada nos deslocamentos que se utilização da propulsão humana, como caminhar ou pedalar), em conexão com outras políticas públicas urbanas.

Ao longo do dia, foram discutidos assuntos relativos às razões para se promover a mobilidade ativa parte das políticas de mobilidade urbana de um município, explorando argumentos com relação a custos ambientais e socioeconômicos das cidades e como o pedalar e o caminhar podem contribuir com estas diferentes agendas.

Além disso, foram abordados e trabalhados os diversos componentes de uma política de mobilidade ativa, além de discutidas estratégias de sua promoção e integração com outras políticas urbanas, como as políticas de saúde, de esporte e lazer, ambientais e de mudanças climáticas ou até mesmo econômicas.

Nas palavras de Luana Costa, mobilizadora do Nossa BH, “a aproximação entre Move Cultura e Nossa BH tem um potencial enorme. Digo isso pela própria dinâmica de construção da oficina, que se deu com diálogos que pautaram toda a sua condução, desde a definição das temáticas, a proposição da metodologia, as estratégias de mobilização e comunicação utilizadas, a divisão de tarefas de logística, o convite de atores sociais fundamentais para a realização de um debate qualificado sobre a mobilidade urbana até o ‘racha’ com os custos do orçamento.”

Para ilustrar um exemplo prático de interação entre políticas, a oficina contou com a participação de Letícia Bichal, coordenadora do projeto MobCidades, do Nossa BH, que falou sobre a importância de se pensar, discutir, planejar e executar políticas de mobilidade que sejam gênero-inclusivas. Ou seja, políticas que consideram, desde o início de suas formulações, as questões ligadas à presença e aos deslocamentos das mulheres pelas cidades.

Outra participação foi da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte de Contagem – TRANSCON, e da Consultoria Vertran, na qual a engenheira Leila apresentou alguns dos projetos e ações presentes, no âmbito do Plano Municipal de Mobilidade e sua contribuição para tornar Contagem uma cidade mais integrada e dinâmica..


Para experimentar e explorar parte das discussões e diálogos teóricos, foi realizado um laboratório prático, por meio de uma visita técnica pelos becos do bairro Eldorado, até a estação de metrô, para que as pessoas pudessem entender a importância dos becos nos deslocamentos a pé da região. Após a experimentação e debate sobre a infraestrutura visitada, o grupo retornou ao local da oficina para dialogar sobre diversos pontos com algum interesse no que tange ao caminhar pelos becos e também no que diz respeito à integração modal entre metrô e bicicleta.

Por fim, os participantes foram divididos em grupos para trabalharem com a dinâmica do Plano de Ação, com objetivo de fazê-los colocarem em prática os conhecimentos apresentados na oficina para dar início a planos de ação para resolver problemas reais das cidades.

Um dos resultados da oficina foi a experiência de aproximar atores da sociedade civil e do poder público, num espaço comum, para que, juntos, pudessem compartilhar experiências. Nas palavras de Kaiodê Biague, “é muito gratificante presenciar tamanho interesse das pessoas, sobretudo, mulheres de várias áreas profissionais e conhecimento reunidas para conhecer, refletir e propor soluções para uma mobilidade mais saudável à cidade”.

Luana ainda afirmou que “a visita técnica aos becos e vielas do bairro Eldorado, a apresentação das razões para se estimular a mobilidade ativa na cidade e a roda de conversa sobre mobilidade sensível a gênero, foram pra mim os pontos fortes da oficina. Uma vez que, o debate e ‘troca de saberes’ entre os e as participantes se deram de maneira mais horizontal. Penso que os encaminhamentos e combinados feitos ao final da oficina também são uma possibilidade real de engajamento das e dos participantes para a promoção de uma Contagem mais humana e sustentável. Só força e vida longa às micro revoluções nas bordas!”

Fica, aqui, o nosso profundo agradecimento a todas as mais de 30 pessoas que participaram da oficina.

Próximos passos: agora, Nossa BH e MOVE Cultura estão pensando quais serão as próximas atividades a serem realizadas, para aproveitar o conhecimento, mobilização e engajamento gerado com a oficina.

Todas as apresentações estão AQUI e as fotos AQUI.

A quem possa interessar, a oficina foi baseada, entre outras referências, nos seguintes materiais:

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