Move Cultura

Hábil Idade resgata relação de idosos com a cidade de Contagem

Rafael Aquino, coordenador de projetos da Associação Move Cultura, circulou pela Sede, Eldorado, Industrial, Nacional, Petrolândia, Ressaca, Riacho e Vargem das Flores, regionais da cidade de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, para conferir de perto as atividades do projeto Hábil Idade, que teve início no dia 17 de junho e, até o fim do ano, envolverá mais de 300 idosos. A cada encontro, ele ficou ainda mais encantado com o resgate da memória e com a grandiosidade da história oral que foi revelada nas oficinas de “História de Vida”.

“Entre as quatro atividades que serão realizadas ao longo de um ano, a de História de Vida tem uma importância gigantesca, pois ela busca descobrir a identidade e reconhecer o pertencimento desses idosos com a cidade de Contagem, compartilhando esses relatos com as novas gerações, que não costumam ter acesso ao conhecimento dessas pessoas”, ressalta Aquino, destacando ainda que o conteúdo que vem sendo revelado nos encontros dará origem a um espetáculo teatral, que circulará pela cidade no fim do projeto. A atriz e produtora Andreza Coutinho, a propósito, é quem encabeçará a construção desse espetáculo.

E o envolvimento dos idosos, assim como a entrega deles nas atividades, tem sido algo surpreendente. “Entendemos que muitas pessoas estão procurando o projeto pelo diferencial das ações propostas, pois, no contexto atual, o idoso é um sujeito ativo e, nossas oficinas, valorizam ainda mais essa característica”, explica Aquino.

Prova disso é que, como está previsto no cronograma oficinas de fotografia e inclusão digital, os participantes não param de perguntar quando terão acesso aos equipamentos. “Essa turma demonstra uma necessidade enorme de ter acesso à tecnologia”, garante Aquino. “Eles estão ansiosos”, completa.

Aquino, em quase dois meses de projeto, já garante: “O Hábil Idade é um sucesso”. De acordo com ele, o boca a boca tem sido algo surreal. “Os idosos participam de uma aula e, na outra, já trazem o vizinho, o parente. Às vezes, eles convidam pessoas até de outros bairros e, dentro da nossa capacidade, atendemos todo mundo”, explica. O segredo para essa reverberação positiva? “Eles querem ser ouvidos, e nós fazemos isso muito bem”, finaliza o coordenador.

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