Luiza, Maria, Ivonei, Anelita, Catarina, Vanda, Clotilde, Isabel, Lourdes, Marli, Anita, Creusa, Graça, Eliane, Angélica, Rose. O que estas e tantas outras mulheres têm em comum? De onde vieram? Qual o significado do nome de cada uma delas? Quem as batizou? A origem das participantes do projeto Hábil Idade, que completou um mês de atividades no dia 17 de junho, foi o primeiro passo para a descoberta das histórias de uma turma de quase 300 pessoas, espalhadas pelas oito regionais de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Neste primeiro momento, a professora Andreza Coutinho, auxiliada por Glauce Leonel, buscou compreender o universo de cada uma das participantes. E o resultado foi dos mais interessantes. “Estamos resgatando histórias de vida”, pontuou Glauce, que é atriz e professora de educação física na rede municipal de ensino, durante as atividades no CRAS Parque São João, onde a turma é majoritariamente formada por mulheres.
Sentadas em roda, de uma maneira em que todos os olhares se encontravam na sala, as mulheres, entre 60 e 70 anos, puderam relatar qual é sua cidade de origem, lembrar quando chegaram a Contagem e, claro, revelar de onde veio o nome de batismo. Muitas delas não faziam ideia do significado do nome, o que gerou certa curiosidade e descontração. Outras ainda preferiram guardar segredo, mas se divertiram com as colegas.
Alto astral, Maria Angélica, uma jovem senhora do Parque São João, antes do encontro já havia procurado no Google o que o nome significava. E ela, cheia de trajetos, contou de uma maneira superdivertida. “Meu nome significa senhora, soberana, pura como um anjo. Sou uma senhora pura”, disse ela, caindo na gargalhada e fazendo as colegas darem risadas.
O clima de descontração seguiu a cada nova revelação, em cada um dos encontros e em todas as regionais aglutinadas pelo Hábil Idade. E os olhos da turminha brilhavam ao saber que os seus nomes, uma escolha na maioria das vezes familiar, guardavam belas palavras, como guerreira, pura, forte, abençoada por Deus.